Com base na provocação presente na imagem acima, proponha um argumento que evidencie a defesa de uma ideia, de uma convicção ou de uma crítica.
Procure relacionar alguma obra literária que vá ao encontro do seu argumento, utilizando o discurso na perspectiva que Aristóteles ensinou.
Segundo o crítico Ivan Teixeira, no primeiro artigo da série Fortuna Crítica, publicado na revista Cult em julho de 1998, a "abordagem retórica da literatura é uma modalidade intrínseca de crítica, que leva em conta não apenas o texto em si, mas também o ato de emissão e seu efeito sobre o leitor, isto é, considera o produto, o autor, o leitor e a circunstância em que se processa a comunicação. Sempre renovados, os estudos retóricos constituem-se numa das mais antigas e permanentes preocupações do homem. No terceiro capítulo da Retórica, Aristóteles ensina que há três gêneros de discurso: o judicial (acusar ou defender), o deliberativo (aconselhar ou desaconselhar) e o epidítico (louvar ou censurar). Essas modalidades definem-se a partir da posição do ouvinte perante o discurso. (...) Em termos atuais, o aspecto mais propriamente literário do epidítico é uma certa ficcionalidade do gênero, pois não pretende induzir a uma ação imediata, de caráter prático, como é o caso do gênero judicial e do deliberativo. Ao contrário, pretende estimular a contemplação das ações louvadas, assim como o repúdio das ações criticadas. Nascem daí a poesia encomiástica (exaltação da virtude) e sátira (condenação do vício), entendidas ambas como modalidades recentes do epidítico. Tendo em vista o fim da poesia, esse gênero visava ao aprimoramento da vida moral, na medida em que propunha modelos de virtudes cívicas, assim como apontava o que se devia evitar no exercício da cidadania."
Após a leitura e reflexão da pergunta a cima, lembrado a explicação feita em aula sobre a retórica inserida na obra Don Quijote de La Mancha, do escritor espanhol Miguel de Cervantes, na qual está presente a retórica do narrador, que de modo irônico faz uma critica as novelas de cavalaria. Por meio da sátira o narrador nos provoca a nós leitores a análise da situação, situação esta que só é perceptível por nós, pois Quijote, já foi fidalgo que enlouqueceu por devorar os livros de cavalaria que se encontravam na sua biblioteca, desta forma o personagem vai se afastando do mundo real para entrar no imaginário cavalheiresco surreal, assim, aquele manifesta a sua retórica, inserida já no seu mundo fantasioso, mas que convence a pessoas “lúcidas” a participar do mesmo. Na hestória, Quijote faz diferentes discursos argumentativos em defesa de princípios éticos e morais, pode-se se citar o “Discurso de la Edad Dorada”, contido no início das aventuras da Don Quijote e Sancho Panza, e o “Discurso de las Armas y las Letras”, feito após passadas muitas aventuras entre Quijote e seu companheiro. Ambos discursos pertencem ao gênero epidíctico da retórica devido a que o fim deste gênero discursivo é o elogio ou vitupério, por exemplo, no “Discurso de la Edad Dorada” se faz elogio a era anterior, tempos dourados, de esplendor, em oposição aos tempos atuais.
ResponderExcluirAluna: Milena Alves Borba
Vai se apontar aqui o uso da retórica na obra Don Quixote de la Mancha, do escritor espanhol Miguel de Cervantes, para isto, se falará de um dos discurso argumentativos proferidos por Dom Quixote.
ExcluirO discurso “De la Edad Dorada” junto ao “de las armas y las letras” são as passagens mais conhecidas da obra, onde se aborda a temática ‘todo tempo passado foi melhor’ , por isto, nota-se que ambos discursos pertencem ao gênero epidíctico da retórica, cujo propósito é o elogio ou vitupério de alguma causa ou pessoa. No discurso “De la Edad Dorada” fica claro que há um paradoxo entre o esplendor dos tempos ‘dourados’ (elogio) em oposição ao tempo de ‘ferro’ (vitupério) que está vivendo Quixote.
“Dichosa edad y siglos dichosos aquellos a quien los antiguos pusieron nombre de dorados, y no porque en ellos el oro, que en esta nuestra edad de hierro tanto se estima, se alcanzase en aquella venturosa sin fatiga alguna, sino porque entonces los que en ella vivían ignoraban estas dos palabras de tuyo y mío. Eran en aquella santa edad todas las cosas comunes…” (II parte, capítulo XI)
Vê-se no trecho acima uma perífrases sobre o comunismo primitivo: “...los que vivían en ella ignoraban estas dos palabras de tuyo y mio. Eran en aquella santa edad todas las cosas comunues...” Por meio de tal figura de retórica, perífrases, faz uma crítica á posse de terra.
Entao é isso e mais meio quilo de farinha
ResponderExcluirEmbora a temática do post seja sobre a LIBERDADE, me proponho aqui a apresentar algumas anotações na discussão sobre literatura prisional. E justifico dizendo que por definição podemos tratar do contrário, ou dos opostos como forma de definir melhor o objeto ao qual estamos querendo trabalhar.
ResponderExcluirA literatura que chamo aqui de "prisional" refere-se a experiência de indivíduos que tiveram em algum momento de suas vidas uma temporada na cana, ou seja, tiveram sua liberdade privada durante certo período de tempo. Os BONS exemplos são: Dostoievsky - Recordação da Casa dos Mortos. Graciliano Ramos - Memórias do Cárcere, Andre Torres - Exílio na Ilha Grande. Existem outros, existe inclusive literatura que mesmo não relatando a temática da passagem pelo sistema prisional resultaram em literatura quando o autor tinha tempo e condições de exercer essa atividade.
Exílio na Ilha Grande Que história é essa contada por André Torres?
Há um esforço por caracterização de um personagem, ou no mínimo uma tentativa forçosa de apresentar uma auréola de heroicidade em cima de um criminoso comum durante a ditadura militar no Brasil, de modo que sua trajetória se identificasse com a de muitos jovens que resistiram ao regime utilizando estratégias da luta armada.
A. Torres oriundo da classe média carioca “cai” no submundo através da obtenção do “dinheiro fácil” conseguido mediante o furto de veículos e de assaltos a banco, em decorrência disso é preso, sendo basicamente isso que se propõem a narrar em seu livro “Exilio na Ilha Grande”
Justamente no ponto sobre assaltos a banco que A. Torres busca se identificar com grupos da esquerda armada no Brasil, estes grupos adotaram como tática a expropriação bancária como forma de angariarem recursos para a manutenção de suas ações político e militares. Como o número de assaltos a banco promovidos por estas organizações cresceu esse tipo de crime passou a ser enquadrado na Lei de Segurança Nacional acarretando aumento da pena e de condições mais duras de detenção para quem praticasse este tipo de delito, deriva daí que muitos criminosos comuns por incorrerem neste tipo de crime também foram enquadrados na Lei de Segurança Nacional.
O fato de ser um personagem jovem, bonito, que teve acesso a uma boa educação e com grau de escolaridade acima da média de seus colegas de organização criminosa, somado a uma visão contestadora de mundo que procura justificar no seu livro servem como justificativa para A. Torres tentar se alçar a condição de líder de um tipo diferente de resistência social. A tentativa de construção deste tipo de argumentação está presente ao longo do corpo do texto.
Considerando a perspectiva de discurso definida por Aristóteles, e escolhendo para abordar o discurso deliberativo, destaco aqui A Celestina, de Fernando Rojas, cuja primeira edição é de 1499.
ResponderExcluirLogo ao começo, a obra traz um poema no qual a retórica presente procura orientar o leitor daquela época a seguir um “caminho certo”, longe das armadilhas de um “louco amor” e dos pecados carnais. Este discurso que declara ter a intencionalidade de aconselhar o leitor a viver de acordo com os padrões estabelecidos por aquela sociedade e de alertá-lo para os riscos de quem não vive nesses padrões, se faz presente no discurso de alguns personagens. Além do poema do começo da obra, se percebe este discurso deliberativo no monologo final de Plebério, que se lamenta ao falar das consequências que o amor carnal pode trazer, já que a sociedade desta época estava calcada em valores cristianos. Ainda que esta retórica se faça presente na obra, ela é mais utilizada para disfarçar uma crítica à aquela sociedade que cria padrões que considera adequados, porém não vive de acordo com eles.
Jéssica Nunes da Silva
Minha reflexão sobre as palavras de Aristóteles me levou a realizar uma analogia com a obra do século passado (1942) "L'étranger" (o estrangeiro) do existencialista Albert Camus. O jovem Meursault, protagonista, é livre, independente que exerce a sua cidadania com simplicidade e sem ambições. Percebe-se expressivamente que o lema "liberté, fraternité et egalité" fica somente na teoria em seu meio, pois a personagem é sucessivamente criticada pela sociedade franco-argeliana por simplesmente não ter demonstrado laços tradicionalistas por sua mãe recém-falecida. Logo, ele vive numa pseudo-liberdade, numa forte contradição. O fato de ele ter assassinado um homem não se apresenta como um crime mais grave que a frieza que tem desde sempre demonstrado por sua mãe.
ResponderExcluirPortanto, as críticas da sociedade (gênero judicial do discurso), o fato de ele ter acatado diversos conselhos de alguns personagens apesar de ser indiferente (gênero deliterativo do discurso) e a paixão que apresenta pela simplicidade e pela observação reclamando do imenso calor de seu país e desprezando a ambição por não ver sentido algum (gênero epidítico do discurso) estão presentes nesta obra.
Conclui-se que Meursault é um homem livre desprendido de diversos valores de sua sociedade tradicionalista por não ver sentido nestas tradições, porém seus concidadãos, contraditoriamente, insistem em prendê-lo a antigos costumes de ordem moral.
Gilson Lopes (QUA 23.10.2013 12:15)
O paradigma do "uno" da antiguidade clássica nem era questionada muito menos analisada na época. No entanto, o concepção do "uno" desde o Romantismo, observado na sociedade na qual Meursault está inserido, apresenta um coletivo tradicionalista. Este se contrasta com o "individual", conceito inexistente na retórica aristotélica, que é incorporado em sua plenitude pela personagem: um cidadão republicano livre imerso numa sociedade contraditória, conservadora e tradicionalista. Aristóteles não viria nenhum nexo na colocação anterior se ele a lesse em sua época.
ExcluirNo mais, o protagonista da obra de Camus é problemático diferenciando-se do conceito de herói clássico.
ExcluirO que a imagem critica é o paradoxo presente no fato de a liberdade ideal de uma sociedade ser presa às estruturas de um sistema: capitalista, machista, racista, e o pior, conservador. O que se tem por liberdade nada mais é que uma ilusão, pois os modos de atingi-la provém de moldes impostos por esse sistema orgânico que se alimenta de si mesmo. Dessa forma, o que ocorre é um reflexo invertido da realidade, por exemplo, dinheiro gera a liberdade de consumo, consumo traz emprego e emprego tira a liberdade. Liberdade é, portanto, uma abstração da lógica. Para notar a abstração é necessário, de fora do sistema, observar a liberdade dentro dele, encaixotada.
ResponderExcluirO que busca o texto e ideologia do grupo que o publicou (Anonymous Empire) é apresentar ao povo tal contradição e rompê-la, inspirado pelo ideal anarquista que busca a queda desse sistema (que vê tal quebra como utopia) para sua reconstrução em uma estrutura onde a liberdade seria plena e não moldada.
Exemplos desse pensamento são encontrados e, por ser social, difundida, na arte literária. Na geração beat, por exemplo, escritores como Kerouac e Burroughs tratavam sua literatura como produto de contracultura, transcendendo o próprio sistema literário e funcionando também como movimento, tal qual a imagem proposta para provocação.
Concluo ilustrando a crítica com esta tirinha da Mafalda de Quino, que expõe perfeitamente o pensamento aqui exposto: Liberdade ou felicidade moldada pelo sistema. http://3.bp.blogspot.com/-AC315e36IQs/T756j0gMZ-I/AAAAAAAAFy0/WrK1gAb5qMQ/s1600/mafalsda.jpg
“Uma democracia não deve apenas funcionar, mas sobretudo, trabalhar o seu conceito, e para isso exige pessoas emancipadas. Só é possível imaginar a verdadeira democracia como uma sociedade de emancipados.”
Excluir(ADORNO, Theodor)
Esse texto me lembrou uma passagem do Livro Romanceiro da Inconfidência da autora Cecília Meireles, presente no XXIV romance desta Obra, que diz : "Liberdade – essa palavra,
ResponderExcluirque o sonho humano alimenta:
que não há ninguém que explique,
e ninguém que não entenda!)"
Isso me leva a reflexão que toda a liberdade depende da ótica de quem a analisa. Se posso não ser livre, exercendo minha função enquanto engrenagem do sistema capitalista, o contrário também pode não ser verdadeiro, rebeldia seguida por uma ordem de alguma organização, pode não significar liberdade. O que há nossa história gaucha comprova, os "farrapos", buscavam uma liberdade parcial, visto que foi uma revolta liderada por coronéis burgueses, os quais se sentiam explorados pelo Império. Isto com certeza não representava a liberdade do povo ou até mesmo o fim da escravatura, sendo que muitos negros foram conduzidos a morte por uma emboscada de quem os liderava, a conhecida história dos Lanceiros Negros. Por fim, nessa pequena explanação de ideias, concluo que liberdade é um conceito extramente subjetivo e talvez impossível de ser posto em prática em qualquer sistema social existente.
Ulisses Coelho.
O Alienista Machado de Assis, seguindo a mesma linha de raciocínio sobre padrões,certo ou errado, contradições...
ResponderExcluirGraciele Pedra
Olá, professor. Fiquei sabendo da postagem hoje pela tarde, então não tive tempo de fazer uma análise decente. Mas passei por aqui, abraço. Arieli Duarte
ResponderExcluirA partir das leituras e da discussão estabelecida em sala, podemos pensar na imagem como um modo satírico de estabelecer uma critica. Na obra “Memórias Póstumas de Brás Cubas” podemos encontrar também a sátira (em crítica ao romantismo) em vários momentos. Um exemplo é quando o personagem protagonista conhece uma menina linda (ideal romântico) mas logo depois percebe que esta era manca, ou ainda quando o próprio personagem mostra seu lado ruim e/ou seus atos falhos ao longo da narrativa, o que de fato é muito mais humano que os personagens românticos. Tanto na Imagem, como na obra (ainda que esta não esteja clara), encontramos fortemente a critica social. A primeira, com aspectos fortemente persuasivos, indicando tudo aquilo que os indivíduos devem fazer ao longo da vida (o que de fato fazem) e logo depois questionando, ainda que indiretamente, a ideia de liberdade... afinal se eu posso faço tudo que a sociedade manda, como posso ser livre? E o que de fato é ser livre? Ser livre é fazer isso ou subverter o que se deve fazer? Essas são questões que permeiam a afirmativa “I’m free” em relação as outras citadas acima. Já na obra de Machado de Assis, encontramos um discurso realista, que se contrapõe aos ideais românticos da época, e que de fato deve ter incomodado os leitores do período, no entanto é através da sátira e de um discurso “mais real” que o autor mostra o quão incoerente e fora da realidade eram as narrativas anteriores, afinal de contas, nem todas mulheres eram como aquelas descritas por José de Alencar, muito menos os índios e índias descritos pelo mesmo. Assim ele utiliza de um discurso simples para criticas, e quem sabe, convencer os leitores de que aquilo não era o que de fato acontecia no momento.
ResponderExcluirLuana Krüger
Não sei se o que postarei aqui é coerente, pois esta semana estou muito enrolada com o trabalho. Sobre liberdade e rompimento com os padrões pré estabelecidos de uma sociedade perfeita, com sua "moral e bons costumes", me vem à cabeça a obra " O amante de Lady Chatterley" de D.H Lawrence, onde a protagonista Connie tem um estilo de vida muito liberal para a época ( começo do séc XX), abandona um casamento fracassado e se entrega de corpo e alma ao seu amante, Mellors, que era um empregado do seu marido. A composição deste livro, linguagem, descrição das cenas de sexo e os "palavrões" só tem a acrescentar a minha opinião. Esta obra foi um escândalo na época e também censurada. Ainda bem que com o tempo foi liberada, pois é uma leitura muito agradável.
ResponderExcluirOBS: Quarta não poderei ir à aula, pois tenho reunião de formação do EJA. Boa aula a todos. Abç, Janaína Quintana de Oliveira.
Uma obra que também pode levar a reflexão de acordo com o texto "liberdade'' é A metamorfose de Kafka,porque retrata bem um índivíduo; Gregor Samsa, que vive de acordo com as regras da sociedade,dedicando a sua vida a fazer o que esperam que ele fizesse... O autor Kafka, domina muito bem a retórica conforme definição de Aristóteles; de articular a essência da interpretação tornando significativo para si e para os outros,o mundo real...a articulação perfeita da mensagem nascida na mente.O autor de metamorfose exprime a prisão interior que existe no ser humano,que de tanto agir automaticamente perde sua personalidade, transformando se num ser repugnante e em consequência disso perde sua função social,sendo desprezado por todos e se excluindo, mesmo de forma inconsciente.
ResponderExcluirO texto me fez pensar em Madame Bouvary de Gustave Flauber. Emma, que dentro do seu ideal romântico, baseado nos livros de romance que lia acreditou que conquistaria "liberdade", saindo da casa de seu pai e casando-se. E também o próprio autor quase teve sua liberdade tolhida por escrever algo tão realista e que, aos olhos de alguns ofendia a moral e a religião, na época.
ResponderExcluirConsiderando a retórica de Aristóteles, sobre a perspectiva de um discurso, em que há muito mais a ser analisado ou mesmo encontrado num texto, seja este escrito ou oral, do que apenas as palavras ditas ou escritas, venho a referir, juntamente com o texto citado acima, sobre “liberdade”, a obra de José Luiz Borges, no conto “Deutshes Requiem”, em que me provoca, assim como o texto acima, a percepção do gênero de discurso judicial, levando o leitor a criar um senso crítico, no qual inevitavelmente se depara com princípios de julgamentos, em que irá defender ou acusar a ideia proposta pelo texto, mostrada através do protagonista. Em verdade este protagonista já é acusado no texto, por comandar exércitos nazistas que executavam judeus, porém o autor nos provoca a fazermos juízos de valores, entre o certo ou o errado, nos deixando abertos a aceitar ou não as palavras apresentadas, mesmo que essas já apresentem um caráter punitivo.
ResponderExcluirNo texto acima, podemos observar que esse discurso de caráter judicial também está presente, pois mostra uma vida cotidiana embasada na “normalidade” coletiva que determina o que é ser livre.
Assim como na obra de Borges, em que uma ideia coletiva julga um oficial nazista como culpado, mas provoca o leitor a analisar se realmente há culpa em sues princípios, o texto acima apresenta que ser livre é viver como todos, num segmento padrão de coletividade, mas também desperta no leitor uma análise; se realmente defender as palavras proposta pelo texto indica ser livre.
Desse modo, a retórica de Aristóteles me remete a perceber esse gênero discursivo judicial tanto neste texto apresentado acima, quanto no conto de Borges.
Rodrigo de Paula Oliveira
A partir da provocação presente na imagem acima, pode-se pensar a distopia de Ray Bradbury, "Fahrenheit 451", editada em 1953, como um exemplo de crítica à opressão da liberdade de pensamento exercida pelos meios de comunicação, especialmente a TV. Visando à ilustração dessa crítica, tomemos a figura de Mildred – esposa do protagonista Montag, o bombeiro abrasador de livros. Essa personagem é um modelo de comodismo social gerado, ou intensificado, pela alienação, cuja fonte se encontra nas três telas que formam o "salão de tevê" da casa. Pela configuração e desfecho de Mildred, o autor mostra as consequências de uma sociedade adormecida que tem a liberdade de "pensar com a própria cabeça" suprimida por programas televisivos sem conteúdo produtivo. Na obra, tais programas não exigem dos espectadores o esforço da interpretação, muito menos incitam qualquer questionamento acerca do que é apresentado na tela – tornando esses espectadores vazios e pobres em termos intelectuais e emocionais. O romance de Bradbury nos faz refletir sobre a existência desse tipo de "controle" na nossa realidade e, ainda, sobre quantas espécies de Mildreds podemos identificar na sociedade atual.
ResponderExcluirSe saber é poder, como pressupôs John Locke, é evidente que os professores televisivos não querem que esse "poder" chegue à grande massa e, por isso, a alveja com produções que, mascaradas de livre arbítrio, ensinam o que esse público deve ser, fazer, vestir, ver e ouvir. Enfim, vale ressaltar que essa retórica epidítica, a qual vitupera a alienação social, faz de "Fahrenheit 451" uma obra que transcende a livros em chamas.
Por: Danielle R. Betemps, em 28/10/2013.
Obra citada: BRADBURY, Ray. Fahrenheit 451. Tradução Cid Knipel. São Paulo: Globo, 2009. (Coleção Globo de bolso).
A imagem faz uma crítica a sociedade que vive presa em um circulo de interesses e padrões, ao mesmo tempo em que essa mesma sociedade tenta se libertar para de certa forma ser independente e seguir o seu próprio caminho, dizendo que não é alienada e tão pouco submissa a mídia e suas estratégias de sedução , ela continua e provavelmente continuará presa a um membro superior que é mais forte que ela, a mídia, a qual quer transformar e se transformar em cultura.
ResponderExcluirA retórica aparece para colocar em prática muitos objetivos da mídia, por exemplo, como citado no artigo “APLICAÇÕES CONTEMPORÂNEAS DA RETÓRICA CLÁSSICA ARISTOTÉLICA NO DISCURSO PUBLICITÁRIO DA MÍDIA IMPRESSA” de Sylvia Helena Lani.
O artigo nos coloca a função da retórica na mídia, e é bem o que acontece na atualidade, há uma manipulação da linguagem e de realidade para que o público alvo fique submisso ao que a mídia impõe.
Fonte do artigo: http://www.fflch.usp.br/dlcv/enil/pdf/4_Sylvia_Helena_L.pdf
Pâmela Machado (turma de sexta)
Considerando a mensagem exposta, faço um paralelo com a obra “Olhai os Lírios do Campo”, de Érico Veríssimo, no qual se destaca o lirismo romântico de Eugênio, que descobre que o dinheiro não traz felicidade, como nos romances urbanos de 30. Este personagem (principal), num primeiro momento, é guiado pelas expectativas sociais. Ressalta-se que sua ambição o alimenta de amargura na determinação de afirmação material, obedecendo aos valores de sua classe, tornando-o incapaz de perceber-se enquanto ser. E na segunda parte da obra, permanece com pensamento egoísta, embora seja um profissional médico mediador entre a ciência, a técnica e o sentimento humanitário.
ResponderExcluirA intenção do texto "Liberdade" é de maneira irônica, retórica, provocar a reflexão do leitor sobre as convenções e modismos ditados pela sociedade capitalista, que se constitui na autoridade hierarquicamente superior às pessoas que a seguem.
ResponderExcluirAs pessoas almejam ser livres, felizes, mas as escolhas de cada uma delas pode depender da posição em que se colocam diante dos motivos que podem levá-las a aceitar ou não, condições de subjugação.
Segundo Aristóteles, existem homens livres e escravos pela própria natureza - essas características se manifestam em certos indivíduos pela utilidade que alguns trazem pela servidão, e outros pelo exercício da autoridade absoluta.
Em "Pai contra Mãe", obra de Machado de Assis, o narrador constrói a ironia proposital sobre a história do Brasil na fase de escravidão, em que o senhor de escravos se achava em pleno direito e justiça de castigar seu escravo, apoiado pelo regime escravocrata. No século XIX, fase realista, o autor criou personagens negros submetidos ao sistema da época:
"Há meio século, os escravos fugiam com frequência. Eram muitos, e nem todos gostavam de escravidão. Sucedia ocasionalmente apanharem pancada, e nem todos gostavam de apanhar pancada. Grande parte era apenas repreendida; havia alguém de casa que servia de padrinho, e o mesmo dono não era tão mau; além disso, o sentimento da propriedade moderava a ação, porque dinheiro também dói".
Fonte: ASSIS, Machado de. - Machado de Assis - Literatura Comentada. São Paulo: Abril Educação, 1980.
Arilza Orestes
O que é liberdade?
ResponderExcluirNo mundo capitalista em que vivemos, onde as regras são ditadas e impostas pela sociedade, liberdade é uma utopia.Vivemos enclausurados em nossas grades e muros, nos protegendo da violência. Sonhamos com uma sociedade mais justa,
onde não tenha tantas desigualdades sociais e que a democracia se concretize de fato. E, nessa utopia, muitas vezes nos sentimos sós, pois a sociedade não quer saber o que você pensa e, sim, que você haja, ou seja, uma máquina.
Com este pensamento, a obra que lembrei foi o "Exército de um homem só", do escritor Moacyr Scliar, o romance conta a saga de Mayer Guiznburg. Ele se transforma em capitão Birodjan, fanático, pregador de utopias, lutador contra as indiferenças, que luta sozinho por uma sociedade mais justa. Neste livro percebo os três gêneros retóricos, o deliberativo, o judiciário e o epidítico.
Marilene Nunes
Na sociedade em que vivemos, lidamos constantemente com as controvérsias que ela nos impõe e consequentemente as reproduzimos. Neste processo "O ponto de vista preponderante nos estudos filosóficos e sociais quase até os nossos dias foi, para usar uma expressão corriqueira, o do adulto, branco, civilizado, que reduz à sua própria realidade a realidade dos outros. O mundo das crianças, por exemplo, ou o dos povos estranhos — sobretudo os chamados primitivos — era passado por este crivo deformante. Quando lembramos que Rousseau discerniu há mais de duzentos anos que o menino não é um adulto em miniatura, mas um ser com problemas peculiares, devendo o adulto esforçar-se por compreendê-lo em função de tais problemas, não dos seus próprios; e que, no entanto, depois de dois séculos a maioria dos brancos, civilizados, continua a tratar os seus filhos e alunos como se esta verdade não estivesse consagrada pelos teóricos e pela observação de todo dia, — quando pensamos nisso podemos, comparativamente, avaliar a força da chamada ilusão antropocêntrica." (Candido, A., Literatura e sociedade. pg 51). Um exemplo deste processo reprodutivo do ser humano inserido na sociedade é o livro "Krebsgang" de Günter Grass, em que o o filho do personagem principal que cresce dentro dos ideiais de sua avó nacional-socialista e que acaba por bisar e mata o amigo por um ideal maior caucasiano.
ResponderExcluirA imagem acima nos incita a refletir sobre a falsa liberdade em que vivemos atualmente em diversos pontos da nossa vida. Talvez esteja entre uma das mais opressoras, a falta de liberdade de expressão. Falo aqui de uma censura pouco questionada, em que, quem menos tem "voz" na sociedade mais está predestinado a aceitar as condições de quem "grita mais alto".
ResponderExcluirNa obra de Graciliano Ramos "Vidas Secas" o personagem Fabiano é um exemplo fiel da impossibilidade de liberdade de expressão. Fabiano sentia-se revoltado pelas injustiças sofridas pelo Soldado Amarelo e pela exploração do fazendeiro, seu patrão, mas como não possuía o dom da retórica, para ele só restava aceitar sua condição de subordinado.
A angustiante condição de Fabiano está presente em maior ou menor grau em toda a nossa sociedade, principalmente na "falsa democracia", em que escolhemos quem irá nos representar politicamente mas que não podemos escolher que um político corrupto seja punido, por exemplo.
A literatura tem esse poder, de colocar em palavras sentimentos e pensamentos que estão sufocados de quem de alguma forma sente-se mudo perante a uma sociedade em que quem realmente "manda no jogo" é quem possui maior poder aquisitivo. A manifestação tem também essa função, de dar voz a quem não pode falar, como um último grito sufocado ao estrangulamento de um sistema político injusto e opressor.
Graciela da Rocha Rodrigues
A partir da exploração do conceito de liberdade, trazida pela imagem, pode-se associar o gênero do discurso epiditíco da obra “Retórica” de Aristóteles, com a sátira social presente no livro “Senhora” do escritor José de Alencar. Em que neste, a personagem principal vive o verdadeiro valor do casamento para a sociedade da época, que seria de um contrato de “compra e venda”, em suma, uma relação comercial, sem qualquer preocupação com os sentimentos envolvidos. A única preocupação direcionava-se para um lucro maior com o dote da moça escolhida.
ResponderExcluirOutro ponto importante do livro "Senhora", seria a falta de liberdade da mulher adjunta da necessidade de um marido, para uma "senhora de respeito". Sendo que este marido teria o mesmo valor de um colar de pérolas, apenas valeria para reafirmar a posição da mulher frente a sociedade, assim como ser a forma de ostentação dela perante os outros.
(Carolina Brahm da Costa)
Este comentário foi removido pelo autor.
ResponderExcluirDe acordo com Aristóteles a imitação e o belo é inerente ao homem, porque a arte é uma criação particularmente humana e não pode estar em um mundo separado da sensibilidade do homem. A beleza de uma obra de arte é assim atribuída por critérios. A imagem acima mostra e faz uma critica a nossa sociedade que sempre tem as mesmas atitudes, que não quer dizer elas devam mudar, sim repensar seus atos.Nós sempre queremos ser diferentes, mas na verdade somos todos iguais e sempre fazemos o que a maioria faz.
ResponderExcluirImitar não é errado,errado é imitar e não repensar porque aquilo foi feito, sem reflexão não se chega a lugar nenhum. O discurso controla mentes e mentes controlam a ação .É de extrema importância para todos os que estão no poder ou para chegar até lá,controlar o discurso, pesquisadores desenvolvem ferramentas de análise e aplicam em exemplos concretos como notícias jornalísticas, livros didáticos e discursos políticos. Na imagem acima se pode dizer que é mais um discurso,que utiliza de imagem e palavras para convencer alguém de seus ideias.
O Conto de Machado "O espelho" de machado Assis é um exemplo de discurso em que o autor quer mostrar e convencer ao leitor que todos usamos uma máscara. Através de uma análise do comportamento do ser humano, o escritor expõe nesse conto que o nosso exterior está ligado ao status e prestígio social, à imagem que os outros fazem de nós, é muito mais importante do que a nossa "alma interna", ou seja, a nossa real personalidade.
Entregarei os comentários através de folhas impressas. Abraços.
ResponderExcluirA qualidade deliberativa do texto – presente na imagem – faz lembrar a frase do naturalista Henry Thoreau, que tece o seguinte comentário em Walden (1854), sua autobiografia: “Mil vezes sentar-me à vontade em cima de uma abóbora do que comprimir-me entre outras pessoas numa almofada de veludo. Mil vezes dirigir um carro de boi, circulando livremente pela terra, do que dirigir-me ao céu no carro de luxo de um trem de excursão respirando malária todo o trajeto”. Em ambas, o que está em jogo é o desejo individual posto à prova pela atitude coletiva, mecânica, dentro do conceito de liberdade. Na obra, da qual foi retirada a citação, o autor debate o conceito com uma perspectiva fundamentalmente transcendental, pautada no autoconhecimento; muito embora a imagem, trazida para levantar os questionamentos, traga em seu argumento a cegueira da humanidade, que mecanicamente efetua as mesmas ações, sem questionar, o texto abre outro espaço de discussão: uma vez questionada a obediência, em que instância se atingiria a referida liberdade? Thoreau explana sobre os costumes que adquirimos e sobre a importância de, ao menos, conhecermos (e termos consciência) dos processos mecânicos que praticamos. O próprio autor, que foi preso por problemas com impostos, relatou em A desobediência civil (1849) que se sentia mais livre dentro da prisão do que seus vizinhos que estavam soltos. Com isso, pode-se pensar na liberdade em diversos patamares, desde a contradição do conceito usual, de liberdade física, encontrado no exemplo da A desobediência civil, ao conceito de liberdade de escolha, visto na citação de Walden, até a liberdade como um conceito de faculdade, como o fato de se poderem realizar todas as tarefas apresentadas no texto da imagem e, ainda assim, sentir-se livre ao final delas.
ResponderExcluirAtt,
Carlos Ossanes
É difícil pensarmos em uma definição clara para liberdade, quando estamos presos à um mundo onde isso é, praticamente, tirado de nós. Passamos a vida se submetendo à algumas regras impostas pela sociedade para poder viver em harmonia, mesmo que isso seja contra nossos princípios. Nota-se claramente que esta imagem é uma crítica ao conceito de liberdade. Muitas pessoas vivem uma alienação, seguindo uma rotina de trabalho - casa - família, seguindo algum modelo padrão de sociedade e se dizem livres, carregam a liberdade como um amuleto. Mas o que é ser livre hoje em dia? Difícil responder e encontrar uma definição. Tenho certeza de que a literatura, principalmente nos séculos passados abordaram este tema de forma a deixar os leitores da época num estado de reflexão, porém não sei (não lembro) no momento de nenhuma obra específica.
ResponderExcluirSuzana Avila.
Nós sabemos o que é liberdade? Vivemos pressionados pelo padrão. Temos de nos encaixar em um mundo que nem ao menos concordamos que seja assim. A imagem é utilizada justamente para ironizar esse mundo, onde muitas pessoas vivem alienadas na ilusão de serem livres.
ResponderExcluirEste comentário foi removido pelo autor.
ResponderExcluirLiberdade? Será que vivemos em liberdade em um mundo onde tudo é imposto a nós? Acredito que vivemos em uma ilusão que somos realmente livres, onde essa liberdade que somente sonhamos nos mantém aprisionados em um sistema onde manda quem pode, obedece quem tem juízo.
ResponderExcluirDe acordo com a retórica de Aristóteles, o crítico Ivan Teixeira e na provocação da imagem acima, pode-se perceber que esta imagem apresenta uma crítica voltada a uma sociedade que se intitula “livre”, mas que por detrás dessa máscara e do conceito de liberdade como sendo “ o direito de ir e vir, de acordo com a própria vontade, desde que não prejudique outra pessoa, é a sensação de estar livre e não depender de ninguém”, apresenta um sistema problemático, que gera sujeitos problemáticos destinados a viverem dependentes deste sistema capitalista que comanda o país.
ResponderExcluirA problemática em torno deste sistema se insere na questão de que temos uma “falsa liberdade”, pois somos livres, temos direito de ter uma família, um bom emprego, mas ao mesmo tempo que temos essa ‘liberdade’, temos que pagar taxas, obedecer leis, pagar nossas contas e respeitar um governo que está acima de nós e, com isso, consequentemente se pararmos para refletir, o nosso direito de liberdade é anulado, pois temos obrigações e deveres com este sistema de governo que impedem que o conceito de liberdade expresso acima tenha sentido completo e verdadeiro.
Por vivermos em uma falsa liberdade muitas consequências nos chamam a atenção, mas em especial podemos salientar que este sistema, no qual estamos inseridos, faz com que a “lei do mais forte” sempre prevaleça, pois aquele com maior poder aquisitivo consegue sua liberdade de consumo, mas como tudo em nosso sistema capitalista é irregular e desproporcional, também existem aqueles sujeitos que não possuem essa liberdade de consumo e sendo assim, são sujeitos que vivem em uma sociedade que não os favorece. A obra que sustenta meu argumento é a obra Neorrealista “Os Ratos”, de Dyonélio Machado, que apresenta o drama de um sujeito vivendo em uma sociedade que não supre as necessidades de sua subsistência. A obra é voltada para uma realidade social, a cidade desenvolvida. Apresenta o retrato simbólico da realidade da cidade de Porto Alegre e de como o dinheiro se torna a síntese das relações sociais e do consumismo da cidade grande. A obra é cíclica e apresenta uma sociedade problemática que apresenta o drama da classe média baixa representada por Naziazeno, um sujeito problemático devido a preocupação de cumprir um papel social no caos urbano no qual ele está inserido.
Ao reflexionar sobre a imagem a cima ilustrada, percebe-se uma crítica a passividade da humanidade perante ao Sistema e/ou Instituição, pois, na realidade, existe liberdade? Ou o que existe é uma manipulação das massas? Acredito que essa mesma crítica é encontrada no conto Diante da Lei", de Kafka. Nesse conto, a personagem do 'Guarda' representa a Instituição que coíbe, através do seu discurso, a personagem do 'camponês', o qual representa a humanidade, de penetrar a Lei.
ResponderExcluirA imagem busca destruir a ideia de liberdade atacando as convenções sociais que ao mesmo tempo que limitam, sob determinado aspecto, as liberdades individuais de cada sujeito, garantem uma sociedade minimamente organizada para que seja possível a vida livre do caos.
ResponderExcluirUm sujeito livre seria aquele que não segue regras? Não são as regras que oportunizam a liberdade dos sujeitos?
Em 1984, de George Orwell, temos uma crítica aos mecanismos de controle do Estado através da figura do Grande Irmão. Na sociedade de Oceânia, o controle é levado ao extremo e nele se comprova a privação coletiva da liberdade. Essa privação é evidenciada pela ausência de liberdades individuais e, até mesmo, da própria individualidade.
Vivian A. C. Corrêa
A obra “O Bom Crioulo” de Adolfo Caminha trata a respeito da liberdade tão ansiada pelo negro Amaro que após ingressar na Marinha a adquire, e mesmo em um tempo em que a Lei da Abolição da Escravatura não havia sido assinada, percebe-se que na incorporação não faziam distinção entre negros branco scomo nesse trecho do texto: “Depois, a liberdade, a liberdade minha gente, só a liberdade valia por tudo! Ali não se olhava a cor ou a raça do marinheiro: todos eram iguais, tinham as mesmas regalias – o mesmo serviço a mesma folga” p. 40. Acredito que o autor tenha utilizado o gênero judicial fazendo uma acusação a sociedade da época que reprimia os negros e também os homoxessuais. O autor defende a ideia de autonomia do ser humano.
ResponderExcluirMaristela Cardoso da Rosa
A liberdade é outra resposta que o homem vem procurando desde o início da humanidade, mas quando tem não sabe usar. A liberdade não é uma mercadoria ou algo que é distribuído em qualquer esquina. Mesmo deus que deu o livre arbítrio percebeu que as pessoas não sabem fazer escolhas. Assim vemos muitos personagens da literatura como um de João Gilberto Noll, perdido em Rastros do Verão, em que diz:
ResponderExcluir"Baixei os olhos, olhei meu copo: um resto de chope sem sombra de espuma. Quando voltei a olhar o garoto ele estava com o braço erguido chamando o garçom. Vieram mais dois chopes. O garçom abriu a vidraça ao nosso lado. Perguntei o que ele faria se o seu pai aparecesse. Ele olhou pela janela em direção ao Mercado, e disse que qualquer um poderia aparecer e declarar ser seu pai que ele não teria como acreditar ou não - a única imagem que tinha dele era a de um homem sem face. Novamente baixei os olhos. E virei o braço como quem consulta o relógio no pulso. Mas o meu pulso estava nu. Então cocei a região do pulso, e me senti covarde." (NOLL. p.13, 2008).
Este comentário foi removido pelo autor.
ResponderExcluirSegundo Públio Sirio, escritor da Roma antiga, escreveu: "'Aceita favores e estarás vendendo a tua liberdade." A liberdade está intrínseca quando a liberdade do outro acaba. Por esse ponto de vista, a censura do sistema e da liberdade é quando temos mais deveres do que direitos, em que deixa de ser uma troca de favores e passa a ser também uma liberdade fingida, porque a sociedade dá a entender que vivemos na democracia e na liberdade de escolha.
ResponderExcluirMas isso não tira o fato de termos o livre-arbítrio, por mais que queiramos fazer o que queremos, devemos pesar se podemos e devemos fazer. Eu posso querer e não poder fazer, assim como eu posso fazer e não devo e assim por diante. Essa premissa, nos permite enxergar a liberdade por uma perspectiva sistemática, pois vivemos em convívio social e cada tem a sua ética, regida pela moral, tendo que respeitar a liberdade do outro, se resumindo a resolver a situação do próximo e depois a nossa.
Quando a imagem acima se refere aos deveres sociais, nos qual temos que casar, pagar contas, ter filhos, seguir a moda, entre outros e eu me nego a obedecê-la, estou exercendo o meu poder de liberdade do não, que é ultrapassar as determinação impostas pela natureza humana.
Um conceito de liberdade, colocado pelo escritor Millôr Fernandes, no seu livro "Eva sem costelas", ilustra bem essa linha de raciocínio, ao escrever: "Democracia é quando eu mando em você, ditadura é quando você manda em mim."
O sociedade, ao nos impor tais dilemas, sentimo-nos como se a liberdade fosse retirada de nós, por não exercer o papel das escolhas pessoais, como se só existisse obrigações. Mas na ordem inversa, sem os dilemas sociais, nos sentimos livres, mas essa liberdade pesa sobre os nossos ombros, pois o olhar opressor da sociedade nos fará retomar a lógica da norma, da felicidade e da liberdade já ditada.
Maurício Castro Sá.
Seguindo a perspectiva de Aristóteles e a imagem, após ler o texto me ocorreu a crônica “Fuga do Hospício” de Machado de Assis.
ResponderExcluirO Autor narra a fuga de um hospício no Rio de Janeiro e diz que depois dessa fuga, todas as pessoas na rua eram suspeitas de terem fugido do tal lugar.
Ao meu ver, a sociedade impõe o que são as pessoas, aponta características e tudo mais. As pessoas ficam presas ao que impõe a sociedade.
Mariane Krüger
Este comentário foi removido pelo autor.
ResponderExcluirPrimeiro :
ResponderExcluirhttp://www.youtube.com/watch?v=aMrE-4-kqks
Liberdade é algo muito relativo e pode nem existir...
A imagem é uma possível representação da alienação da sociedade porque, ao ser analisada, pode-se inferir que as pessoas obrigam a si mesmas a cumprir seus "deveres de cidadão" (trabalham, casam, pagam contas e impostos, assistem televisão, etc.) apenas para que sejam aceitas no "meio social" mas, ainda assim consideram-se livres pois, estão convencidas de que assim o são, mesmo com todas as imposições. Há também uma ironia na imagem, já que o boneco com a máscara de Guy Fawkes, provável representação de liberdade, é totalmente contraditória aos escritos.
ResponderExcluirDessa forma, pode-se fazer um comparação à obra "Metamorfose" de Kafka, em que a personagem Gregor Samsa cumpre o que lhe é imposto, pois trabalha arduamente para sustentar sua família. No entanto, quando se vê transformado em um inseto, ele não pode mais trabalhar, tornando-se inútil para sua família e para a sociedade pois, não pode mais cumprir seu "papel", e perde, consequentemente, a chamada "liberdade".
A reflexão feita a partir da análise da imagem acima faz com que se pense até que ponto, realmente, somos livres para tomarmos nossas próprias decisões e a que nível elas são influenciadas pelo meio em que vivemos.
ResponderExcluirOutra questão está no que consiste essa possível liberdade? Afinal nos encontramos repetindo atos dia após dia, seguindo atitudes ditas normais pela sociedade, as quais adotamos como atitudes libertarias, porém, seguimos em ritmo compulsivo tecendo uma teia que nos prende a um sistema que por vezes esquecemos que existe.
Pode se chegar a uma reflexão semelhante a obtida pela imagem com a leitura do conto “Os Comensais” de Murilo Rubião. Neste conto, o personagem principal chamado Jadon, fala sobre o comportamento de seus colegas comensais, que agem todos os dias da mesma forma, sem alteração do semblante, dos gestos e de comportamento, são todos iguais sem constituírem identidades próprias.
Sendo assim, tanto na imagem como no conto percebe-se uma critica ao comportamento mecanicista e de conformismo social em que vivemos e nos permitimos estar direta ou indiretamente.
Caroline Ferreira Pinheiro.
Uma crítica a nossas escolhas. Simples, tudo que acontece ao nosso redor é feito por meio de escolhas. Porque escolher seguir o sistema, as leis e a sociedade? Escolha a parar de assistir tv, a mídia de massa que nos manipula a cada momento. Atualmente, somos influenciados pelo que lemos, vemos ou ouvimos. É difícil não ser influenciado por anúncios e similares. Não seguir a multidão e olhar para o nosso próprio ponto de vista, é uma escolha, mesmo que ela seja criticada, odiada ou aplaudida. Assim, como já definiu Dalai Lama “seja a mudança que vocês quer ver no mundo”, fazer a diferença, ser livre ou ter a liberdade para transformar alguma coisa não deve ser realizado caminhando na direção do outro, com o mesmo modelo que nos é imposto, pois o que é “normal”, não necessariamente pode ser o melhor.
ResponderExcluirKariza Vitória.
Lembrei-me da vida contraditória de Brás cubas, que após sua morte faz uma análise "nua" de sua vida e só então depois do triste fato percebe o quanto deixou-se apreender por convenções e convicções,isto em vida não percebeu-se pois acreditava ser livre, e "senhor de si",mas amores deixou pois um homem de sua posição não poderia "ter" com uma "manca", enfim a retórica está no homem só aperceber-se disto após sua vida... perceber sua prisão, disfarçada de liberdade.
ResponderExcluirTaciana Ferreira.
A imagem da postagem parte de um pressuposto de que não há liberdade sob um sistema de amarras sociais, que de alguma forma induzem os indivíduos a seguirem determinado padrão de vida. Caso algum indivíduo resolva agir contra essas normas, ele possivelmente sofrerá com a exclusão social. Dessa maneira, a liberdade e livre-arbítrio parecem se confundirem. Borges, em "El Zahir" dizia que uma moeda é o símbolo do nosso livre-arbítrio, e o modo que nossa sociedade legitima a obtenção dessa moeda é através do trabalho. Sem trabalho (e sem o dinheiro) o indivíduo é incapaz de ter acesso a cidadania. Logo, para ser "livre", é necessário que o sujeito siga a maior parte dessas normas citadas na imagem: uma ironia que reflete outra.
ResponderExcluirAndrigo Rosa.
Temos a falsa certeza de que vivemos em uma sociedade livre e de que somos pessoas livres que tem domínio sobre sua vida. Porém ao nos depararmos com provocações como a que a imagem acima nos traz, esta certeza se transforma em angustia e inquietações como as vividas por Naziazeno protagonista do romance Os ratos de Dyonélio Machado que vive 24 horas para saldar sua divida. A trajetória vivida pelo personagem pode ser comparada as muitas 24 horas que compõem nossas vidas onde estamos atrelados a cumprir nosso papel de cidadão que produz que se relaciona e que paga suas dívidas.
ResponderExcluirFabiane Cassana Rosa
A imagem acima traz a ideia de que apesar de vivermos em um estado democrático, nossa liberdade está restrita à ordem da coletividade. Vale mencionar aqui a obra "O cortiço", onde o personagem João Romão segue fielmente o sistema capitalista, trabalhando, explorando funcionários e buscando sempre aumentar o seu capital. Logo, sua liberdade está omitida pelos interesses postos pelo sistema capitalista.
ResponderExcluirMisael Krüger Lemes
Liberdade
ResponderExcluirO conceito de liberdade é muito variável, falamos de Liberdade ao mesmo tempo que falamos de Limites, isto porque o conceito de liberdade tem a ver com escolhas e com restrições, e isto não é privativo do ser humano, os animais são libres, mas, ao mesmo tempo que são obrigados a seguir certas normas que a ele lhe são impostas , sejam por parte do líder o pelo próprio bando ou matilha, se a liberdade é tão complexa, como os animais podem ensiná-la e ao mesmo tempo aprende-la; então porque no ser humano é tão difícil defini-la?
Isto se deve ao livre arbitro que o homem tem, a capacidade de quere ser é ter de forma individual, e não coletiva, por isso não podemos falar de liberdade, e sim de liberdade de escolha, isso mesmo, liberdade de escolher a que ou a quem iremos submeter as nossas vontades ou paixões, porque ao escolhermos ser libres o fazemos dentro de um sistema predeterminado e perante o outro, senão existisse o outro não teria sentido ser libre, aprendi há muito tempo que ser libre não é a capacidade de um ser humano ir , e vir quando ele assim o quiser, é sim a capacidade do homem de não ter que se submeter a outro ou a si próprio, é que a nossa liberdade inicia em nos , e termina onde começa a liberdade do outro; mas sempre, sempre teremos que escolher a que iremos atrelar a nossa liberdade.
O exemplo de liberdade que existe na obra de Cervantes” Don Quijote de la Mqancha”, é uma prova clara de que Liberdade como conceito pode ser muito bonito e ao mesmo tempo ambíguo, todo depende de quem olha e avalia; em certo trecho de “Don Quijote”, nos apresenta a liberdade como o tema sobressaliente, Don Quijote es um homem auteéntico com altos ideais, a honra, a liberdade, são alguns deles, sendo esta última um dos maiores tesouros que um homem pode ser concedido por Deus ( Liberdade Concedida); e para tal ele saiu para “enderezar entuertos, e dar libertad a los cautivos” ; então ele encontra uns prisioneiros que eram merecedores da pena infringida segundo Sancho Panza, mas, Don Quijote os liberta porque eles não vão servir ao Rey voluntariamente, afirmando que o homem não deve servir por obrigação, e sim deve ter a liberdade de escolha; ele inclusive trata do direito da mulher, em plena idade media, porque considera que La Liberdade não es privativa nem exclusiva de um sector da sociedade, e sim para todos os seres humanos.
Já, na chargue em questão a ironia está bem presente, na ausência da liberdade do narrador, mas ainda assim pregunta, você e libre? Aqui devemos atentar para a origem da palavra, em portugês, a palavra Liberdade vem do latim libertas, de igual significado; já no inglês a palavra liberdade vem de uma raiz indo-europeia que significa amar, mas a mesma palavra na mesma língua significa medo ( afraid), por tanto ao mesmo tempo que significa libertação nos remete ao medo de sermos autónomos, e ter que responder ao nossos excessos que por ventura possamos cometer ao nos “amar ” demais ao confundir nos como um ser supremo.
Edgardo Piriz Milno
oi Professor, espero que meu comentário seja aceito embora a hora de postagem, um grande abraço, Edgardo.
ResponderExcluirEliani Ludwig
ResponderExcluirO indivíduo numa revisão da sua relação com o mundo, possibilitando assim, que este redescubra a sua capacidade de movimentar-se na busca de novas configurações para sua vida, partindo de um encontro consigo mesmo para alcançar autonomia e fazer novas escolhas.
Tenho para citar aqui o conto a terceira margem do rio e Guimarães Rosa, a leitura do conto é feita misturando literatura com psicanálise, no conto além do sentido imediato, há outro a que ele se refere, ou ainda, para além do sentido imediato, ou interno, há um outro, externo e, na maior parte das vezes, mais "profundo". Essa relação entre interno e externo, entre superficial e profundo complica-se a primeira vista. A literatura não se atem a um único referente. A polissemia é traço distintivo do literário, ou dito de forma mais precisa, a literatura põe em ato uma concepção de linguagem na qual vigora, em termos absolutos, a supremacia do significante e de seus deslizes e deslizamentos. A polissemia literária e com o significante põe em relevo o jogo de presença e ausência que está no fluxo da linguagem e da simbolização. Podemos também apontar, a título hipotético, que há, na noção e, especialmente na tradição de leitura alegórica, também podemos ouvir ecos do trabalho do sonho, calcado na relação entre conteúdo manifesto e conteúdo latente. Tais aproximações, contudo, são complexas e vacilantes. A relação entre literatura e psicanálise, gira em torno de três eixos,o imaginário, o simbólico e o real. O conto de Guimarães Rosa pode ser visto na função paterna e de algumas indagações sobre sua falência. O pai, esse terceiro que se aliena na terceira margem, apesar de levar a efeito um certo corte na potência desta mãe que "tudo regia", abdica, tal como Rei Lear, de seu patrimônio, ou, do que é da propriedade do pai, do que lhe é próprio. Mas, ao fazer colapsar o (sentido) próprio, colapsa também o (sentido) metafórico, ou seja, a metáfora paterna, na medida em que próprio e figurado, denotativo e figurativo são pares indissociáveis.
"A terceira margem do rio" além da prazerosa ilustração da função paterna, da harmoniosa e contínua relação entre literatura e psicanálise nos defrontamos desde o título do conto com o paradoxo: um rio e três margens. Diferentemente de leituras pós-modernas que privilegiam "a margem", Guimarães Rosa nos põe em movimento, o confronto de uma outra margem,um clamor semântico-interpretativo, temos em ato o significante em seu constante deslizamento, na correnteza da linguagem. De fato, a linguagem de Guimarães Rosa emerge, sob a lupa da alegoria diabólica, em sua natureza de travessia. Entre o registro erudito e o regional, entre a sintaxe rigorosa, semântica oficial e o neologismo, Rosa trata a língua portuguesa tal como o pai de seu conto: "perto e longe de sua família dele"
A imagem nos faz refletir sobre a definição da palavra liberdade e instiga a reflexão sobre se liberdade existe ou não. Até que ponto somos livres? Posso citar como exemplo a questão da liberdade atrelada a escravidão, apresentada na Lenda Negrinho do Pastoreio de João Simões Lopes Neto.
ResponderExcluirJuliana Garcia Rodrigues
Eu sou livre.
ResponderExcluirAté que ponto somos livres?
A figura da máscara representa a luta do povo contra o totalitarismo e a opressão de governos e instituições, contra falcatruas políticas e de políticos, contra as desigualdades sociais e raciais.
A ironia presente na imagem e na sua história diz que não somos livres e que liberdade só tem sentido completo para muito poucas pessoas. Estamos presos ao sistema e nossas ações são moldadas por ele. È o sistema que determina, na grande maioria, quais indivíduos terão mais ou menos sucesso financeiro, pessoal e profissional.
Vivemos numa democracia! Que piada! Democracia é um regime que se baseia na ideia de liberdade e de soberania popular, no qual não existem desigualdades e/ou privilégios de classes. Vivemos na ditadura do sistema, vivemos um capitalismo disfarçado de democracia, onde o dinheiro se tornou a mola propulsora das relações sociais. Sem ele ninguém sobrevive. Para casar, pagar impostos e contas, ter a sua TV para assistir, seguir a moda, é obrigatório ter o vil metal. O funcionário público na obra de Dyonélio Machado, Os ratos, representa todos os trabalhadores que correm desesperadamente em busca de dinheiro para saldar suas dívidas e viver com dignidade. Essa obra, publicada em 1935, faz uma crítica ao capitalismo; ironicamente, os ratos ao roerem o dinheiro que o pobre coitado conseguiu para pagar o leiteiro, representam o consumismo da cidade grande, o câncer que destrói os sonhos do proletariado. Não existe liberdade quando somos escravos do relógio, escravos de padrões e escravos do sistema. Machado de Assis, em O alienista, retrata brilhantemente essa falsa liberdade quando Dr. Simão Bacamarte, em nome da ciência, tira a liberdade de ir e vir de alguns moradores da vila em busca de explicação científica para loucura. Uma crítica aos experimentos científicos da época, aos padrões pré-moldados e as verdades absolutas. A retórica nos mostra que a sociedade não está doente, e sim o sistema.
Clarissa Bubols M.
A HISTÓRIA DA MÁSCARA DOS ANONYMOUS: GUY FAWKES
ExcluirGuy Fawkes (também conhecido como Guido) foi um soldado inglês católico que participou da “Conspiração da Pólvora” (Gunpowder Plot), que tinha como objetivo explodir o parlamento britânico durante uma sessão, em 5 de novembro de 1605.
A intenção da conspiração liderada por Robert Catesby, era iniciar um levante católico contra a repressão do rei protestante Jaime I, matando-o junto de outros parlamentares protestantes, através da explosão que fora planejada. Guy Fawkes, que era um perito em explosivos, foi colocado para detonar os 36 barris de pólvora colocados sob o prédio do parlamento, mas por conta de uma informação vazada, Fawkes acabou sendo descoberto e preso, antes que o plano fosse posto em prática. E após o seu interrogatório e tortura, São Guy Fawkes foi executado na forca por traição e tentativa de assassinato.
Outros participantes da conspiração acabaram tendo o mesmo destino. Sua captura é celebrada até os dias atuais no dia 5 de novembro, na “Noite das Fogueiras” (Bonfire Night).
Da próxima vez que você vir aquele rosto misterioso com bigodes e um sorriso sutilmente sarcástico, lembre-se que por trás dela não existe apenas a inspiração vinda de um filme de ficção… Por trás dela há história, há ideias, há conceitos, e, sobretudo, pensamentos sobre liberdade e justiça.
http://www.blognerdegeek.com/2012/09/a-histos-anonymous-guy-fawkes.html
A imagem acima mostra que vivemos em um estado onde a liberdade está enclausurada em uma caixa que é selada pelas normas da sociedade e pelo capitalismo. No entanto a escolha nos é dada, a busca por uma liberdade fora das amarras citadas na imagem acima pode ser alcançada, porem te excluí dos privilégios que esta caixa segura te dá. Também cito a obra "O cortiço", de Aluísio Azevedo, onde temos exemplo de um sistema capitalista, onde a liberdade é reprimida em nome do capital e de regras da sociedade.
ResponderExcluirCarla Duarte
A reflexão acerca do tema "liberdade" me faz lembrar do conto de Murilo Rubião, "Os Comensais", no qual o personagem principal se encontra preso em um refeitório e dali não consegue se desprender, isto por que o autor faz uma crítica ao sistema da época, em que o começo da industrialização no Brasil tornou milhares de pessoas verdadeiras "máquinas" escravizadas pelo regime quase que integral de trabalho, e isso não mudou muito, afinal ainda hoje a política de consumismo infelizmente domina a vida das pessoas: trabalha para poder além de sobreviver, comprar e comprar...
ResponderExcluirA imagem acima nos faz refletir se realmente a um modo de liberdade ou ela se encontra mascarada, pois liberdade com limites não pode ser chamada de liberdade, na obra "o alienista", depois de viver em sociedade o próprio personagem prefere se enclausurar no sanatório.
ResponderExcluirAo ler esta postagem e os comentários feitos em aula, acabo refletindo sobre o livro Dom Quixote,que em seu imaginário era considerado um homem livre sendo considerado um herói diferente dos outros heróis clássicos. O personagem Dom Quixote utiliza a liberdade de uma maneira mais excêntrica.
ResponderExcluirSegundo Aristóteles foi o primeiro filósofo a distinguir a ética da política, centrada a primeira na ação voluntária e moral do indivíduo enquanto tal, e a segunda, nas vinculações deste com a comunidade. Dotado de lógos, "palavra", isto é, de comunicação, o homem é um animal político, inclinado a fazer parte de uma pólis, a "cidade" enquanto sociedade política. A cidade precede assim a família, e até o indivíduo, porque responde a um impulso natural. Dos círculos em que o homem se move, a família, a tribo, a pólis, só esta última constitui uma sociedade perfeita. Daí serem políticas, de certo modo, todas as relações humanas.
ExcluirA imagem ilustrada acima e o texto liberdade são de formas irônica. Em memorias póstumas de brás cubas, de Machado de Assis, Machado constrói um narrador que se autointitula um defunto-autor – um morto que resolveu escrever suas memórias. Assim, temos toda uma vida contada por alguém que não pertence mais ao mundo terrestre. Com esse procedimento, o narrador consegue ficar além de nosso julgamento terreno e, desse modo, pode contar as memórias da forma como melhor lhe convém, por que nesta época vivia em estado democrático em que a liberdade era restrita. No entanto Machado de utilizou de um "narrador morto" que contava o que quisesse.
Antes de comentar sobre o tema específico, se faz necessário pensar no que se define como liberdade.É necessário, ainda, que se pense no que essa palavra significa para cada pessoa.
ResponderExcluirNos dias atuais a sociedade determina muito sobre todos, determina o que vestir, o que comer, o que estudar,quando fazer, etc. Essas imposições constrangem essas pessoas que, por conta disso, se fazem apenas mais um na multidão.São poucos os que têm a bravura de ir contra os princípios e costumes decretados sobre todos.
Agora falando mais especificamente, pode-se tomar por base a obra " Os Ratos" de Dyonélio Machado, publicado em 1935, que foi uma verdadeira crítica a sociedade da época, mas, que serviria perfeitamente para a atual.
A narrativa conta a história de Naziazeno, que tem 24 horas para saldar as contas com o leiteiro. Durante o dia muitas coisas acontecem: pessoas em quem ele depositava sua esperança o negaram ajuda, amigos o abandonaram, a sua esposa somente o cobrando por um futuro digno para seu filho, etc. Mas a maior crítica, foi de fato comparar a sociedade da época, de forma implícita, aos ratos. Seres "sujos", que davam valor somente ao dinheiro e as aparências, deixando de lado valores como amizade e companheirismo.
O que, certamente, ainda se vê ao nosso redor.
A imagem de liberdade nos faz pensar em uma liberdade democrática, livre de ideias mecanicistas, que quando expressa, ainda é vista por muitos como um ato de vandalismo. Esta é a mesma liberdade que o autor, contemporâneo, Luiz Sergio Metz também busca em sua obra “Assim na Terra” usando uma retórica de gênero epidítico, quando louva a terra e os costumes do sul e critica as ações do homem, enquanto destruidor da natureza, que busca um futuro capitalista e mecanizado, esquecendo os antigos costumes.
ResponderExcluirA história inicia e acaba de maneira cíclica, pois o autor compara as fases de vida com as estações do ano que são ciclos. Metz também faz referencia nostálgica ao passado quando contrapõe fatos atuais com as histórias vividas antigamente. Esse ponto de vista que ele expõe em sua obra é uma forma irônica de comparar e criticar o Sul contemporâneo com o Sul do passado, pois em toda a narrativa os aspectos regionalistas são exaltados enquanto que a modernidade e vista de forma destruidora “transformadora”, além disso, o próprio título “Assim na terra” sugere a ideia de que as coisas de alguma forma aconteceram assim na sua terra e não puderam ser de outra maneira, visto que, a evolução acontece sem que o narrador possa interferir. A relação que encontrei em relação a postagem liberdade e a obra de Metz é que ambas tentam chamar a atenção para essa liberdade que muitos acreditam ter, mas que é uma falsa liberdade regida de normas e poderes capitalistas, que manipulam a todos.
Em relação à imagem podemos identificar alguns vestígios de como nossa liberdade é polida ou até mesmo podemos dizer até que ponto essa liberdade é realmente válida. Quanto à questão da retórica de Aristóteles podemos analisar de forma ampla no plano emocional. A obra “Alto da barca do inferno” de Gil Vicente é dita por algumas pessoas como a obra do século porque fala sobre os medos as angústias e os reais problemas de uma sociedade hipócrita e preservadora da moral e bons costumes.
ResponderExcluirJosiane Morais Pereira
É possível relacionar o discurso implícito na imagem com o da obra 1984, de George Orwell. Nesta é retratada uma sociedade em que o alegado bem coletivo é utilizado como pretexto para castrar individualidades. A trama apresenta o contraste entre a tácita submissão da maioria ao regime imposto e a tentativa de alguns poucos indivíduos de quebrar os paradigmas. O desfecho da narrativa, porém, dá a ideia de que apesar de toda a resistência, sucumbir ao sistema é inevitável, pois toda pessoa tem fraquezas que representam obstáculos para que suas ideologias se estabeleçam solidamente, o que torna praticamente impossível para ela lutar contra esse organismo opressor onipotente e onipresente, que no caso do livro é um sistema de governo, mas que de forma geral pode estar refletido nos padrões pré-existentes que regem o contexto em que alguém esteja inserido.
ResponderExcluirRebeca Werner
A Figurante (SANT´ANNA, Sérgio. O voo da madrugada. São Paulo: Companhia das Letras, 2003), tem em sua narrativa espaço amplo para o conceito de retórica epidítica, exposto por Aristóteles em sua análise na Retórica. Contudo, ao analisar o epidítico contido no conto faz-se necessário distorcê-lo, no sentido de transgressão, uma ruptura, talvez, com o conceito.
ResponderExcluirBrevemente, o narrador esclarece seu ponto de partida: uma foto dos anos vinte. A partir daí o conto será criado. O narrador, após inteirar o leitor de como está criando uma identidade àquela mulher da foto, que não se sabe quem é, parte para o enredo em si das personagens. Num escritório de um advogado, amigo do pintor Lucas de Paula, Eduarda Paranhos é apresentada a reproduções de quadros do pintor austríaco Egon Schiele. Após ver três nus onde o “bom “, o “belo” e o “nobre” se confundem com seus antípodas, seus contrários, com quadros que trazem uma linha turva entre masculinidade e feminilidade, vulgaridade e inocência, arte e vida “[...] abate-se sobre Eduarda uma rebelião contra sua vida chatinha [...]” (SANT´ANNA, p. 233).
A citação acima abrange não apenas uma conotação de sátira, mas uma reflexão profunda da personagem com sua própria condição humana. Claro, há crítica satírica à sociedade e, também, pode-se fazer uma analogia com a contemporaneidade, pois trata-se de um texto do século XXI: o artista homossexual envaidecido com sua masculinidade ao ver Eduarda exposta como uma das modelos de Schiele; a esposa moralmente categórica entregando-se de pernas abertas a sua explosão de prazer; os limites do moral e imoral quando estes são regidos pelo prazer, etc.
Porém, o texto remete-nos a uma análise de vida e arte, arte e vida, porque também ele arte. A carga de liberdade contida naquelas pinturas, como um espelho, talvez, inversamente refletindo muito do que não conseguimos ser, mostrando-nos a divisa de nós com o impalpável, mas ao mesmo tempo instigando-nos a uma rebelião, como a da figurante, para conosco. A ruptura, o desvalor, ou seja, quando consegue-se degradar as fronteiras dos valores, as fronteiras do real e do inventado. “Mas aquela cena que se oferecia a ele como que o lançava, com uma autenticidade absoluta, no rodamoinho de uma forma de arte indissociável da vida. E o que ele tinha diante dos olhos era uma espécie de Bovary dos trópicos [...]” (Idem, p. 234). E essa transformação de um ser a ser livre entorta, ainda mais, esse conceito, já torto, de liberdade. Pois liberdade é antes uma crença que uma filosofia.
Wysrah Moraes de Souza
A real essência contida no vocábulo "liberdade" se perdeu em meio á sensação de se estar "confortavelmente" alicerçado á padrões pré estabelecidos e enraizados na sociedade. Acredito que essa tendência se manteve ao longo do tempo pelo fato de as pessoas se acomodarem, simplesmente por ser mais fácil se adequar ao que já esta estabelecido.Ser livre custa caro,ser livre realmente é árduo,fere os preceitos antiquados vigentes.Ser livre é realmente ter liberdade de escolha,é ser natural,não aceitar apenas o que é imposto,é ter conhecimento,é ir alem ,é contestar, criticar e não somente aceitar. Na obra "O fio da navalha" de W. Somerset Maugham, o protagonista Larry Darnell busca justamente essa essência de liberdade ao abrir mão de sua vida social ditada pela busca de status social,prestigio e riqueza para buscar um real significado para sua vida. Darnell procura se desenvolver em nível existencial, percorre o mundo mas com a intenção de conhecer a si mesmo através de sabedoria e enriquecimento espiritual.
ResponderExcluirCristi Fernandes
Observando a imagem a cima, veio-me à lembrança a obra O Ateneu de Raul Pompéia, mais especificamente no personagem de Américo. O mesmo fora deixado no internato contra vontade e nunca aceitou o fato. No término da obra coloca fogo no Ateneu em resposta a sua indignação quanto ao “aprisionamento”.
ResponderExcluir"Entre os reclusos das férias, contava-se um rapaz, matriculado de pouco, o Américo. Vinha da roça. Mostrou-se contrariado desde o primeiro dia. Aristarco tentou abrandá-lo; impossível: cada vez mais enfezado. Não falava a ninguém. Era crescido e parecia de robustez não comum. Olhavam para ele como para uma fera respeitável. De repente desapareceu. Passado algum tempo vieram três pessoas reconduzindo-o: o pai, um correspondente e um criado. O rapaz amarelo, com manchas vermelhas, movediças, no rosto, mordia os beiços até ferir. O pai pediu contra ele toda a severidade. Aristarco, que tinha veleidades de amansador, gloriando-se de saber combinar irresistivelmente a energia com o modo amoroso, tranquilizou o fazendeiro: "Tenho visto piores". Carregando a vista com toda a intensidade da força moral, segurou o discípulo rijamente pelo braço e fê-lo sentar-se. "Tu ficarás, meu filho!" O moço limitou-se a responder, cabisbaixo, possuído de repentina complacência: "Eu fico". Dizem que o pai o tratara terrivelmente, vendo-o apresentar-se em casa, evadido. Com a proximidade da festa dos prêmios o caso do desertor ficou esquecido, e ninguém jamais foi como ele exemplo de cordura."p. 213)
Pode-se comparar o gesto de Américo com as revoltas em presídios e internatos para jovens infratores que não suportam as situações de cárcere. Apesar de as pessoas cometerem crimes, pode-se perguntar: Ate onde a sociedade tem o direito de aprisionar um indivíduo e que esta é a melhor opção?
Bibliografia:
Pompéia, R. (1997). O Ateneu. São Paulo: Publifolha.
Disponível em: http://www.scielo.br/scielo.php?pid=S0103-65642003000300011&script=sci_arttext Acessado em: 31/10/2013 às 17:00.
Sirlei Schumacher
A imagem mostra a falsa liberdade que está por detrás da máscara. Hà uma crítica ao sistema e as instituições que limitam a liberdade. A obra de Raul Pompéia, O Ateneu é um exemplo. A escola, vista de fora, ostentava uma aparência austera, digna e respeitável. O personagem Sergio ingressou no colégio interno com expectativas otimistas. Porém, começa a perceber que está despojado de muitas de suas defesas, satisfações e apoios costumeiros. Restrição do movimento livre para ir e vir, vida comunitária compulsória, etc. Patrícia Tessmann
ResponderExcluirEste comentário foi removido pelo autor.
ResponderExcluirA liberdade pode, sem dúvida, significar coisas muito diferentes para diferentes indivíduos; para um presidiário ela pode significar a saída do centro de detenção onde ele se encontra, para um viciado em drogas, pode significar a libertação do vício,para uma dona de casa que se sente aprisionada quando cumpre com seus afazeres e lazer não tem, pode significar a mudança de vida. Mas, pensando no coletivo, na sociedade e no que ela representa, o que seria uma sociedade livre? É preciso que se parta do princípio que esta sociedade é uma coisa só, que todos os indivíduos que dela fazem parte e nela se organizam devem andar em harmonia para que esta seja uma sociedade bem sucedida. Pensando sobre, isso eu cheguei a uma conclusão -ainda que parcial e imatura: na imagem a cima fica muito claro, ao menos para mim, que o que se busca de fato é uma libertação da sociedade, uma vez que os deveres que temos de cumprir vivendo em conjunto não são necessária ou diretamente para o nossa própria satisfação, se não para benefício e manutenção desse organismo do qual fazemos parte. Embora a ideia pareça um tanto quanto radical e extremista -"não vivemos para nós e, sim, para a sociedade."- é justamente essa visão pejorativa do sacrifício pelo bem dos que nos rodeiam é que acaba por resultar no fracasso da vida em conjunto e, portanto, da vida individual; se pensássemos não apenas no nosso bem estar, mas no coletivo, provavelmente nossa luta por ele não seria tão frustrada. O ser humano está programado para viver em conjunto e ainda não aprendeu a fazer isso, então cada vez que se sente insatisfeito com o tipo de vida que leva, insiste em dizer que a culpa é da falta de liberdade que ele tem para fazer o que bem entender. Comporta-se como se fosse um ser autossuficiente e não como um indivíduo social que tem, se quiser, a capacidade de conviver com os demais indivíduos.
ResponderExcluirEnquanto pensava em tudo isso, recordei-me de uma personagem do livro de Dyonelio Machado, Os Ratos(1935). Essa personagem, chamada Naziazeno, era uma vítima das condições que a vida lhe impunha, e na sociedade em que vivia era como se fosse um rato que, chegando a condições extremas, lutava dramaticamente pela sobrevivência. Não é preciso muito para chegar à conclusão de que na sociedade frustrada em que vivemos existem milhares de Naziazenos que todos os dias lutam por um lugar no qual eles possam se sentir mais dignos e parte do "organismo". A liberdade que o homem procura vai muito além de obrigações e imposições sociais, é necessário antes que se entenda o que ela de fato significa quando não se (sobre)vive sozinho e que preço se estaria disposto a pagar por ela.
Este comentário foi removido pelo autor.
ResponderExcluirO texto nos leva a uma reflexão sobre a seguinte questão: Realmente somos livres frente a tantas regras e convenções? Fazemos o que queremos ou o que é esperado?
ResponderExcluirEm contraponto ao texto a imagem da personagem que comete todo o tipode transgressões em busca de uma justiça que julga merecedor, sem se importar com as normas vigentes.
Diante disso lembro da obra o Conde de Monte Cristo, em que a personagem encontra-se nessa situação ao fazer justiça com as próprias mãos.
A imagem acima faz uma crítica a sociedade em que vivemos. As pessoas lutam pelos seus próprios interesses e padrões, julgam ser livres, mas não percebem que vivem pelos padrões capitalista da sociedade. Ao ver este post recordo do livro "Senhora" de José de Alencar o livro não critica o casamento, mas sim o casamento motivado por dinheiro, porém, o que chama mais atenção é a conduta do Seixas que faz com que ele deixe de ser digno. Quando Seixas foi comprado e fica na condição de escravo, a alta sociedade é corrompida e não entende a cultura. O nacionalismo não pode ser entendido por uma sociedade corrompida.
ResponderExcluirPriscilla Dutra
A imagem acima se refere a falsa liberdade, ao modo como as pessoas devem obedecer as leis, sem realmente estar de acordo com as mesmas, pela falta de diálogo da sociedade com o poder público e de como qualquer ato de manifestação ou opiniões contrárias seja um erro. O ser humano busca um lugar onde consiga ser aberto a idéias novas e com que as decisões seja de bom para todos, fatos que talvez sofremos há anos e hoje, continue, não da mesma forma, mas de um jeito mais disfarçado. A máscara reprime a idéia de que as pessoas não podem ser quem realmente querem ser, pensar o que acham melhor ou expor suas vontades, devem seguir a vida com uma máscara e dizer SIM para tudo, como na tradução "repita comigo: sou livre" mas na verdade não são. Uma obra, na minha opinião, que venha a se identificar com o mundo de hoje e faz uma critica ao país e seu corpo social é "Feliz Ano novo" de Rubem Fonseca, uma obra que na década de 70 teve sua publicação proibida, pelo fato de traduzir em contos a verdadeira realidade do Brasil, destaca o mundo "marginal" em que as pessoas viviam e se reprimiam, fala sobre situações anormais da ética social e moral e fez com que o governo não aceitasse isso. Coisas, que mesmo surpreendentes, ainda podemos passar no dia de hoje.
ResponderExcluirALUNA: Larissa B. Caldeira
A retórica vem sendo desenvolvida, ensinada e aprendida ao longo dos anos, em diversos ambientes, com diversas finalidades. Entretanto, sempre relacionada à tentativa de convencer o leitor ou ouvinte de algo que beneficie os interesses do orador ou da coletividade.
ResponderExcluirÉ importante observar que os termos convencer e persuadir têm sentidos próximos, mas não são iguais. O primeiro envolve o público com argumentos lógicos, por meio da indução e da dedução; o segundo, apela para a emoção da plateia quando seleciona e apresenta argumentos.
Desse modo, não me ocorre outra obra se não "O Alienista" de Machado de Assis, pois Simão Bacamarte soube usar elementos da retórica para concluir seu plano de construir um hospício e estudar a loucura em sua cidade. A boa argumentação foi um dos materiais que construíram a Casa Verde. Os argumentos apresentados pelo médico foram ao encontro das necessidades dos cidadãos. Baseado na razão e na lógica, ele conseguiu apoio estatal para a construção daquilo que seria seu laboratório pessoal para o estudo da lucidez e da loucura.
ALUNA: Angelita O. de Freitas
A Liberdade proposta como tema a ser analisado se apresenta na sociedade de forma conceitual e relativa, como devidamente apresentado na postagem enviada, estamos "presos" de alguma maneira a algo...
ResponderExcluirNa obra Antônio de Beatriz Bracher, de 1961, quanto a visão sobre liberdade podemos observar que todos os personagens do romance estão atrelados a um fato de qual não conseguem se desprender: um segredo, um amor, o trabalho, o álcool, um conceito moral...O personagem que se atribui o perfil mais libertário é o que mais se apresenta restringido.
A obra levantada está presa a um fato do passado e só consegue finalizar com a "morte", ou seja, viver é estar preso a algo.
Portanto, retoma-se o discutido tema de que a liberdade é uma utopia, tal qual estabelece a lenda de Ícaro limitada pelo sol e pelo mar.
Márcio Everson T2
Através da provocação da imagem pode-se concluir que a privação real de liberdade nos persegue a séculos, pois para vivermos em sociedade devemos seguir padrões e regras impostas pela mesma. No romance de José de Alencar "Senhora", o autor faz uma crítica a sociedade fluminense do século passado, mostrando pessoas presas a falsos padrões morais que vivem de aparências. A personagem principal Aurélia, jovem solteira e pobre, vê seu possível noivado rompido por não ter o dote que o noivo precisava e almejava, então ao receber uma inesperada herança planeja vingar-se de Fernado (noivo). Aurélia encontra no dinheiro a sua liberdade para realizar o projeto de vingança, mas ao mesmo tempo torna-se refém da sua própria riqueza e de uma sociedade moralista, mas enfim depois de passarem todas as dificuldades consegue a sua liberdade para amar Fernando.
ResponderExcluirSusana Costallat