quinta-feira, 18 de maio de 2017

Resumo: Literatura distópica e seu contexto social


Na próxima quinta-feira iniciaremos as atividades do curso "Sob a égide do totalitarismo e autoritarismo: a literatura como reflexão" e para o primeiro encontro, além das apresentações iniciais do projeto, estaremos discutindo o contexto social a que as leituras sugeridas no projeto estão inseridas. Como será de prática ao decorrer das atividades, o resumo abaixo será uma apresentação introdutória inicial paras as reflexões de cada respectivo encontro. 


Literatura distópica e seu contexto social.

por Douglas Eralldo


    No decorrer do curso “sob a égide do totalitarismo e autoritarismo: a literatura como reflexão” teremos como ponto de partida uma seleção de leituras sugeridas que conduzirão nossas reflexões e abordagens. Esta seleção é especialmente composta por obras que ficaram conhecidas como distopias ou, no caso de parte das obras nacionais, narrativas do realismo fantástico, tendo todas elas importantes e relevantes reflexões sobre questões relativas ao poder, mas principalmente a respeito do objetivo principal deste projeto que é refletir sobre o totalitarismo e o autoritarismo.
Como forma de introduzir nossas discussões, estes resumos prévios buscarão apresentar algumas questões iniciais para cada encontro de tal modo que sirvam de suporte às reflexões e estimuladores do debate. Mas antes de penetrarmos numa pequena viagem ao contexto social e histórico e seus reflexos em algumas das obras a serem abordadas aqui, de antemão se poderia levantar um questionamento: por que utilizar a literatura como reflexão? Não desprezando outras ricas contribuições de pensadores, críticos e estudiosos, creio que podemos responder a esta pergunta com o encerramento de Alfredo Bosi no seu texto, Narrativa e Resistência em que de forma bastante poderosa ele afirma:
a narrativa descobre a vida verdadeira, e que esta abraça e transcende a vida real. A literatura, com ser ficção, resiste à mentira. É nesse horizonte que o espaço da literatura, considerado em geral o lugar da fantasia, pode ser o lugar da verdade mais exigente. (BOSI, 1997, p.27)
Tal definição exprime bem as complexidades da literatura e também seu poder e impacto. Aliás, vale dizer que para estas discussões observaremos os impactos da obra sobre seus contextos sociais e também dos contextos sociais sobre as respectivas obras, o que nos leva imediatamente às observações de Antônio Candido acerca de “literatura e sociedade”, especialmente observando-o quanto à necessidade de fundir texto e contexto de forma que se produza uma interpretação crítica dialética. Além disso, nesse caso vale lembrar conforme o crítico de que “sabemos, ainda, que o externo (no caso, o social) importa, não como causa, nem como significado, mas como elemento que desempenha certo papel na constituição da estrutura, tornando-se, portanto, interno.”[1]


Com tais premissas presentes, dediquemo-nos então a um breve olhar acerca de algumas das obras selecionadas, como o caso de Admirável Mundo Novo, de Aldous Huxley publicado em 1932. Nesta obra encontramos uma sociedade futurística que especula avanços da ciência como a reprodução humana em laboratório e um controle total através do prazer absoluto e do excesso de informação. Fazendo aqui o alerta da pouca confiabilidade da opinião do próprio autor sobre sua obra, é interessante observar Huxley ao falar sobre a temática de seu romance em um prefácio de 1946  dizendo sobre ele que “não é o avanço da ciência em si; é esse avanço na medida que afeta os seres humanos”[2] o elemento central a ser observado em sua obra. E há nela uma série de especulações científicas de química e engenharia, contudo é o que chama de “ciências da vida” como a biologia, psicologia e fisiologia que impactarão os habitantes ficcionais do romance. Logicamente isto aponta para um tempo de inquietações científicas, entretanto é outro elemento do contexto social que demarcará fortemente sua presença na obra do autor, ainda que o mesmo não comente este ponto de maneira específica. Sobre o processo de escrita, Huxley diz que “nessa época, eu a projetei para daqui a seiscentos anos”[3] porém seus olhos não conseguem fugir de algo presente a seu tempo: a revolução industrial, especialmente a indústria automobilística que impactava o início novo século, principalmente, no caso do livro, os métodos de Henry Ford. Não deixa de ser curioso que será justamente este processo de engenharia de produção o responsável por toda a hierarquia da sociedade distópica de Huxley. O fordismo, aliás, é uma presença marcante em toda a narrativa, tanto que seus anos são marcados como “antes de Ford” e “depois de Ford” elevando Henry Ford a uma divindade produtiva e industrial cuja filosofia comandará todo seu novo “Estado Mundial”. A presença de Ford e seus métodos no livro vão além, compondo inclusive a estrutura narrativa da obra, especialmente seus primeiros capítulos em que o leitor conduzido pela voz em terceira pessoa fará um passeio bastante didático a uma linha de montagem, no romance, entretanto, ao contrário dos calhambeques do velho Henry, o produto final desta linha fabril (com diversas etapas de processos) serão os seres humanos, produzidos em escala controlada e replicados, previamente projetados para ocuparem suas diferentes castas na estrutura do Estado Mundial.
            À altura de sua publicação, Admirável Mundo Novo chega numa terceira década de um século deveras agitado e sob o impacto de grandes mudanças sociais e políticas. Não é o primeiro romance do gênero distópico é bem verdade, o posto em geral é dado ao romance do escritor Russo Yevgeny Zamyatin, Nós, publicado em 1924, fora da Rússia, país que desde 1917 passava por grandes transformações e conflitos a partir da revolução bolchevique. Muitos pesquisadores apontam que tanto Huxley como Orwell foram leitores desta obra. Mas retomando Admirável Mundo Novo, este traz o universo distópico bastante arraigado à busca da utopia, por isso o uso das diversas ferramentas e recursos para a obtenção total da felicidade, e, no campo político, tendo como objeto final a “estabilidade social”, a grande garantidora do poder totalitário. Nesse sentido é curioso observar que a obra de Huxley assim como a de Zamyatin estão inseridas anteriormente ou no início dos dois principais processos totalitários do século, os regimes de Stálin na Rússia, e o que viria a nascer com a chegada de Hitler ao poder na Alemanha em 1933, o nazismo. Desse modo é um tanto natural que o regime de Stálin e o de Hitler considerados os “modelos” de regimes totalitários e que serviram de bases, por exemplo, para os estudos de Hannah Arendt, entre outros pensadores e pesquisadores, venham a ter influência mais direta em obras como 1984, de George Orwell e Fahrenheit 451, de Ray Bradbury. Levando isto em consideração vale portanto destacar a antevisão e a capacidade de ambos os autores de por meio na narrativa literária explicitarem tendências sombrias que vieram a ser ratificadas pelo “mundo real”.

Falando em George Orwell, este tornou-se um verdadeiro pregador contra o totalitarismo sendo que 1984 livro escrito durante o ano de 1948 e publicado em 1949 é tido como fruto desta sua jornada, sendo também sua última publicação, inclusive, post mortem. Dentre as distopias 1984 é provavelmente a mais popular do gênero e que tem sido revisitada desde então, voltando a ser o centro de atenções recentemente com o crescimento de movimentos políticos extremistas e o reacender do ultranacionalismo de direita que se espalhou pelo mundo. Além disso, parte da popularidade do romance deve-se também “pelas profecias” do romance a respeito das novas tecnologias e mecanismos de vigilância do Estado. Contudo, nesse caso, seria possível dizer que menos profetas e mais observadores e capazes de descrever tendências são os escritores. Na verdade, no caso do romance que popularizou o termo “o Grande Irmão está de olho em você” a partir da vigilância do Estado por meio das teletelas, aponta para o impacto de um invento recente e que mudaria o modo de vida da sociedade: a televisão, cujas primeiras produções em série se deram nos anos quarenta. Huxley, por exemplo, sem esta informação concentra nos cinemas e seus “blockbusters” alienantes, cheios de aventura e entretenimento como tecnologia visual (e cujo conceito de controle midiático voltará a ser trabalhado em Fahrenheit 451, de 1953 com televisões do tamanho de uma parede e com a programação recheada de inutilidades alienantes) a ser usada como mecanismo de controle. Em ambos os casos os autores apresentam usos menos nobre para as novas tecnologias. Mas deixemo-las e retomemos a questão política presente. 1984 chegou às livrarias americanas em pleno Macarthismo e sua intensa campanha anticomunista, que o alça a sucesso imediato, sendo que ainda hoje o livro é tido muitas vezes como simples oposição ao regime de Stálin. Todavia a respeito desta visão mais restritas é importante observar Fromm:
mas todo aquele que enxergar na descrição de Orwell apenas outra denúncia do stalinismo estará confundindo um elemento essencial da análise de Orwell. Na verdade, ele fala sobre um progresso que também está acontecendo nos países industriais do ocidente, apenas num ritmo mais lento que na Rússia e na China. (FROMM, Erich, 2013, p.373)
Dentre outras coisas, o que Fromm pretende é argumentar que imaginar ou conceber 1984 apenas como uma obra anti-Stálin é bastante restritivo e aponta ainda que Orwell (que inclusive estivera nos campos de batalha contra o regime de Franco) tinha na verdade grandes preocupações com os rumos do próprio socialismo inglês colocando-se num campo à esquerda da própria esquerda. Contudo, não podemos ignorar que ambos regimes totalitários estão fortemente presentes em toda a estruturação da narrativa de Orwell que antes de 1984 também publicara a alegoria A Revolução dos Bichos este sim um crítica mais explícita ao regime soviético. Ainda sobre 1984, é podemos observar que o livro estabelece um forte diálogo com as observações de Hannah Arendt sobre “as origens do totalitarismo”, pois em sua ficção Orwell demonstra de modo prático características como as da propaganda totalitária e da própria infalibilidade do líder totalitário; no romance, por exemplo, o Ministério da Verdade é o órgão de constante alteração da informação de tal modo que o Grande Irmão jamais falhe, sendo o mesmo órgão responsável pela propaganda e que trabalha numa lógica crescente e presente nos tempos atuais que é das “verdades alternativas”.

Também fruto desse pós-guerra, Fahrenheit 451 carrega as influências daqueles dias sombrios, num romance cuja temática central é a queima de livros e apresenta um estado totalitário e intolerante ao conhecimento representado pelos livros. Não devemos ignorar, é bem verdade, que a “queima” de livros não foi um monopólio de Hitler ao longo da história, mas certamente suas fogueiras contribuíram pelo menos em parte para a atividade do bombeiro Guy Montag, cuja função era a de justamente queimar livros. Contudo, o alerta de Bradbury no romance vai além de uma crítica à intolerância cultural dos regimes totalitários e a observarmos a coda escrita para o livro, conflitos à época da própria publicação em 1953, uma sociedade americana dividida em diversos estratos sociais, parece contribuir para as preocupações do autor ao apontar que “existe mais de uma maneira de queimar um livro. E o mundo está cheio de pessoas carregando fósforos acesos”[4] sendo que “o fósforo” trata-se de uma metáfora às diferentes formas de censura e banimento da arte. Na verdade o autor elenca o conjunto de minorias, editores e “autores de literatura insossa” como possíveis portadores destes “fósforos”. Nesse ponto o autor e sua personagem Capitão Beatty assumem a mesma voz, visto que num diálogo com Montag, o primeiro argumenta sobre como “estratos sociais” podem debelarem-se contra os livros, respectivamente contra a arte e a cultura. Essa observação faz-se importante porque a obra atira sobre as massas este desejo pirotécnico como podemos ver na fala do capitão “aí está, Montag. A coisa não veio do governo. Não houve nenhum decreto, nenhuma declaração, nenhuma censura como ponto de partida. Não! A tecnologia, a exploração das massas e a pressão das minorias fizeram a façanha”[5]. Em tempos de opiniões acirradas como hoje, com posições inflamadas à direita e à esquerda, a fala de Beatty ainda faz bastante sentido, especialmente se transportá-la para as relações virtuais. O livro, aliás, passa-se num futuro que poderia ser agora, pois sua narrativa acontece após os anos 1990 e depois de duas vitórias em guerras atômicas, outra preocupação bastante presente na literatura pós-guerra. Até aqui temos um traçado histórico capaz de abrir reflexões acerca do surgimento das distopias, ou antiutopias, como foram sendo chamadas inicialmente. Além disso, leva-nos a perguntarmo-nos, e o Brasil?

Por estas terras o exemplar mais próximo em termos de gênero distópico é Não Verás País Nenhum, de Ignácio Loyola Brandão de 1972. Com sua narrativa árida e putrefata o romance publicado no auge da repressão do regime instaurado no país a partir de 1964 avança um pouco no tempo especulando uma nova possibilidade histórica. Em sua narrativa o termo “entreguista” é levado ao auge com uma nação controlada por multinacionais. Não escapam de seu olhar a corrupção característica ao país que e vez de um “Estado” é o “Esquema” quem controla uma hierarquia de corrupção generalizada num ambiente desolado, sem água e sem recursos naturais capazes de garantir a sobrevivência humana. A obra, por sinal, com isso nos parece mais sombria e aterrorizante justamente porque enquanto acompanhamos a peregrinação e a narrativa de Souza, a incapacidade de qualquer resistência é clara, pois ao ser controlado pelo “Esquema” todos fazem parte deste Estado, ao mesmo tempo que desconhecem seu tamanho e mesmo quem controla este “esquema.” Se noutras obras do gênero você possui um Grande Benfeitor, um administrador mundial ou o Grande Irmão, na obra é o “Esquema”, distante, sem rosto e onipresente que não permite ninguém ultrapassar suas respectivas hierarquias e que mantém o constante clima de combate entre todos. Sobre esta obra vale ainda destacar sua versatilidade no campo dos gêneros porque mesmo reunindo os elementos concernentes às distopias ali está presente também o insólito e o fantástico que caracterizam o período como aponta Silviano Santiago:
houve dois tipos de livros que tiveram êxito durante o período: textos que se filiam ao realismo dito mágico e que, através de um discurso metafórico e de lógica onírica, pretendem, crítica e mascaradamente, dramatizar situações passíveis de censura, e os romances-reportagem, cuja intenção fundamental é a de desficcionalizar o texto literário e com isso influir, com contundência, no processo de revelação do real. (SANTIAGO, 1982, p.72)
Fazem parte deste grupo outras leituras sugeridas para este projeto e que acabam estruturando-se como argumenta Silviano Santiago. Uma delas é Incidente em Antares, de Érico Veríssimo, que em sua primeira parte ao reconstituir a história de Antares descobre também a própria história e formação social do Brasil em sequências de conflitos e golpes e contragolpes que nos levam a pensar sobre o que aborda João Luis Pereira Ourique em sua análise de O Fígado de Prometeu ao dizer que embora ainda “não totalmente aceita no contexto da crítica brasileira: o de que não houve períodos de exceção no Brasil, mas sim de que toda a história brasileira é um período de exceção, no qual vislumbramos lampejos de democracia.”[6]
Serão, sobretudo, os anos após o fim do Estado Novo e depois com o retorno democrático de Getúlio Vargas ao poder, indo até a chegada do golpe militar de 64 que Érico Veríssimo através de seu olhar fará sua “revelação do real” através do estranho incidente de uma sexta-feira 13 e seus mortos insepultos, que além da greve geral a tratar de um sindicalismo combativo daqueles tempos, a narrativa dialogará com a história. O romance, diga-se, se encerra abruptamente com a impossibilidade de uma criança falar a palavra “liberdade” pichada num muro, demonstrando com eloquência “a verdade mais exigente” daquele período.
O regime militar é também fonte paras as obras do escritor goiano José J. Veiga que também se integram às características do período, A Hora dos Ruminantes e Sombras de Reis Barbudos, que mais uma vez suspeitando do autor, mas sem deixar de ouvi-lo, vejamos o que Veiga disse da relação de suas obras com seus respectivos contextos sociais:
em A hora dos ruminantes, eu pensava que ela ia ser curta. Por isso aquele final otimista. Os ruminantes foram embora, deixaram a sujeira aí, mas a gente limpa. O relógio da igreja, que estava parado há muito tempo, enguiçado, foi consertado, bateu horas, todo mundo se animou. Fui muito criticado por alguns, que me acharam muito otimista. Daí eu fiz uma espécie de continuação em Sombras de reis barbudos, livro no qual a repressão e o esmagamento chegam ao auge. Mas no fim, pensando bem, a ditadura acabou como está em A hora dos ruminantes: saiu pela porta dos fundos, não foi?[7]
Mas não podemos deixar de observar as particularidades de cada uma das duas obras e de que o contexto social nelas é trazido pela alegoria. Em A Hora dos Ruminantes as relações de poder vão insinuando-se enquanto a atmosfera do ambiente extravasa na insólita invasão de cachorros e bois a Manarairema sendo que Amâncio Mendes revela um quadro não só da ficção, mas do contexto externo “aí é que está o seu erro. Você fala como se não tivesse acontecido nada. Direitos? Que direitos! Quem não deve não teme! Tudo isso já morreu.”[8] Já em Sombras de Reis Barbudos o auge desse esmagamento e repressão surge de forma ainda mais particular sendo que o autor não traz nenhum militarismo em sua ficção, mas sim através do poder exercido pela Companhia Taitara de Melhoramentos. Concedendo à iniciativa privada o poder e a repressão, Veiga discorre a meios e modus operandis reconhecíveis aos brasileiros daquela época, como a violência, o enclausuramento, o clima de conflito e espionagem civil numa cidade em que as pessoas são restringidas em sua mobilidade, e, não apenas isso, mas também são censuradas quanto seus próprios pensamentos.
Enfim, a intenção aqui era de delinear um panorama dos contextos a que estão inseridas as obras a serem debatidas durante o projeto, fossem eles históricos ou sociais, de modo que isso possa contribuir para nossa interpretação e abrir caminho para a ampliação dos debates e reflexões, e que ao final do curso façam parte de um todo que nos permita acrescer algo às leituras realizadas e colaborar para uma interpretação crítica capaz de entendê-las melhor, além da construção de uma reflexão que colabore para a análise do nosso presente conturbado.


[1] Cf CANDIDO, 2006, p.13
[2] Cf HUXLEY, Aldous, 2016, p.11
[3] Cf HUXLEY, Aldous, 2016, pp.10-8
[4] Cf BRADBURY, Ray, 2014, p.211
[5] Cf BRADBURY, Ray, 2014, p.75
[6] Cf OURIQUE, J. L. P, 2013.
[7] Cf VEIGA, José J. em entrevista reproduzida no blog Banzeiro Textual
[8] CF VEIGA, José J., 2015, p.74

Bibliografia


ARENDT, Hannah. As Origens do Totalitarismo: São Paulo, 1998.
BOSI, Alfredo in: Narrativa e Resistência.
BRADBURY, Ray. Fahrenheit 451: Globo de Bolso. Rio de Janeiro, 2014.
BRANDÃO, Ignácio de Loyola. Cadeiras Proibidas: Global Editora, São Paulo, 2012.
__________________________. Não Verás País Nenhum: Global Editora, 2012.
CANDIDO, Antônio. Literatura e Sociedade: Ouro Sobre Azul. Rio de Janeiro, 2006
HUXLEY, Aldous. Admirável Mundo Novo: Biblioteca Azul, 2016.
OURIQUE, João Luis Pereira. In: Sobre a nossa renovada capacidade de sofrer… Uma leitura d’O fígado de Prometeu, de Antonio Callado.
ORWELL, George, 1984 (13ª Impressão): Companhia das Letras. São Paulo, 2013.
SANTIAGO, Silviano. Repressão e censura no campo das artes na década de 70. In:Vale quanto pesa. Rio de Janeiro/São Paulo: Paz e Terra, 1982.
VEIGA, J. José. A Hora dos Ruminantes: Companhia das Letras. São Paulo, 2015.
________. Sombras de Reis Barbudos. Companhia das Letras, 2015.
________. Em: Entrevista José J. Veiga, Revista Banzeiro. Disponível em <http://banzeirotextual.blogspot.com.br/2010/03/jose-j-veiga-entrevista.html> Acesso: 25/11/2015.
VERISSIMO, Erico. Incidente em Antares: Editora Globo. São Paulo, 1998.

ZAMYATIN, Yevgeny. Nós. 1924

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